O departamento, hoje, obtém maior estabilidade institucional do que antes. Há um tempo, era nada surpreendente um novo Comandante-Supremo ou trocas de militares nas lideranças dos centros, ou órgãos em curto espaço de tempo. Atualmente, os militares veem o DME como uma polícia de fazer carreira, tendo em vista a vasta amplitude de oportunidades. Consequentemente, os militares permanecem mais tempo na corporação, fortificando a estrutura, mantendo e promovendo estabilidade institucional.
Em razão da realidade atual do DME, é visível que alguns conseguiram se consolidar em posições significativas por um tempo considerável e anormal. Uma das posições é a de liderar. Liderar não se resume, tão somente, em tomar decisões de modo que a engrenagem continue rodando. Influências como legitimidade, comunicação e racionalidade, influenciam no objetivo final. Exemplo: a ausência de legitimidade pressupõe inconformidades ante decisões, a ausência da comunicação pressupõe reclusão da pluralidade, já a ausência da racionalidade pressupõe fracassos na gestão.
O argumento torna ainda mais válido pela consensualidade daqueles que se enquadram nesta posição. ‘Gore!’, Comandante-Geral da corporação, entende que sua consolidação na liderança do Centro de Treinamento, por dois anos, advém de confiança atribuída a mesma para comandar. Enquanto para ‘Valdiir25’, também Comandante-Geral e integrante da liderança por sete meses do mesmo centro, entende que sua permanência advém de contínua adaptação diante de personalidades diversas, da progressiva articulação com superiores e demais, bem como através de relações de amigas que fazem o fortificar.
Portanto, legitimidade, comunicação e racionalidade são atributos que Gore! e Valdiir25 obtém conjuntamente.
Demonstra-se, então, entendível a necessidade de adaptar-se a ordem natural das coisas e ajustar-se à medida. Um militar “fora da curva”, não necessariamente é algo positivo se o mesmo não compreender as exigências que o cargo requer. Se manter no poder é dominar influências contraditórias a si, tal como é saber que o último a se mantiver de pé, ganha.
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